domingo, 9 de novembro de 2008

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Utilização da Internet em EaD

Comunidade Virtual e Colaboração Online


A definição de “comunidade” possui vários sentidos segundo os estudos apresentados, contudo, existe um consenso geral que enfatiza que em contextos educacionais a comunidade é evidenciada quando numa turma os estudantes participam activamente, partilhando ideias tanto pessoais como académicas, estas partilhas desenvolvem-se através de fóruns de discussão, dos chats, de e-mails entre outras.

Para que uma comunidade de aprendizagem online se desenvolva é necessário a colaboração de todos para a promover, neste sentido, alguns investigadores encaram a aprendizagem online como uma actividade social, situada e colaborativa, sendo a tecnologia um dos recursos disponíveis para que esta colaboração seja possível. Assim sendo, a educação online deverá ser mais do que a mera apresentação do material a ser estudado.

Neste sentido, Palloff e Pratt (1999) sugerem que uma comunidade online de sucesso deve incluir: «Interacção activa envolvendo tanto o conteúdo do curso como comunicação pessoal, aprendizagem colaborativa desmonstrada por comentários dirigidos primeiramente de aluno a aluno em vez de aluno a instrutor; e significado socialmente construído demonstrado pelo acordo ou questionamento com a intenção de atingir concordância em questões de significado.» (p. 32)

Em suma, as comunidades em aulas online deverão possibilitar a interacção sobre o conteúdo do curso, assim como potencializar a interacção social e pessoal dos estudantes.

domingo, 5 de outubro de 2008

Distância Transaccional

Como é que os estudantes participam nas aulas online?

A distância transaccional é um modelo teórico que serve para estudar a participação dos alunos em ambiente online.
O conceito de transacção - é definido como «a interacção entre o ambiente, os indivíduos e os padrões de comportamentos, numa dada situação».
A transacção a que chamamos "Educação a Distância", ocorre entre professores e alunos num ambiente cuja característica principal é a separação física e geográfica, sendo que esta separação vai conduzir a comportamentos específicos que afectam os alunos e a aprendizagem (o que pode gerar mal entendidos entre professores/alunos), ou seja, a transacção surge num espaço psicológico e comunicacional que é importante transpor. Neste sentido a Teoria de Moore "Distância Transaccional", baseia-se no postulado de que a distância é uma questão pedagógica mais do que física.
Sendo assim, o que interessa avaliar é: quais as consequências práticas da distância no processo educativo, nos alunos/professores, na interacção etc. E para efatizar que a distância é pedagógica e não geográfica usamos o conceito de Distância Transaccional, sendo que o grau de transaccionalidade pode ser expresso através de três grupos de variáveis:
  • o diálogo educacional (contribui para a redução da distância transaccional);
  • a estrutura do programa (conduz a uma elevada distância transaccional);
  • a autonomia do aluno (aluno autónomo - prefere programas bem estruturados; - e o aluno, a maioria - prefere programas mais dialogantes).

Moore descreve a sua teoria de distância transaccional desta maneira:

«A teoria da distância transaccional serviu como ferramenta que pode ser usada para descrever cursos de educação à distância e programas para localizar alguém em relação a outro, no universo desses eventos. Ao mesmo tempo fornece um enquadramento em que investigadores podem localizar numerosas variáveis de estrutura, diálogo, e autonomia dos alunos, e depois colocar questões sobre as relações entre essas variáveis.» (Moore & Kearsley, 1996, p. 211)