domingo, 5 de outubro de 2008

Distância Transaccional

Como é que os estudantes participam nas aulas online?

A distância transaccional é um modelo teórico que serve para estudar a participação dos alunos em ambiente online.
O conceito de transacção - é definido como «a interacção entre o ambiente, os indivíduos e os padrões de comportamentos, numa dada situação».
A transacção a que chamamos "Educação a Distância", ocorre entre professores e alunos num ambiente cuja característica principal é a separação física e geográfica, sendo que esta separação vai conduzir a comportamentos específicos que afectam os alunos e a aprendizagem (o que pode gerar mal entendidos entre professores/alunos), ou seja, a transacção surge num espaço psicológico e comunicacional que é importante transpor. Neste sentido a Teoria de Moore "Distância Transaccional", baseia-se no postulado de que a distância é uma questão pedagógica mais do que física.
Sendo assim, o que interessa avaliar é: quais as consequências práticas da distância no processo educativo, nos alunos/professores, na interacção etc. E para efatizar que a distância é pedagógica e não geográfica usamos o conceito de Distância Transaccional, sendo que o grau de transaccionalidade pode ser expresso através de três grupos de variáveis:
  • o diálogo educacional (contribui para a redução da distância transaccional);
  • a estrutura do programa (conduz a uma elevada distância transaccional);
  • a autonomia do aluno (aluno autónomo - prefere programas bem estruturados; - e o aluno, a maioria - prefere programas mais dialogantes).

Moore descreve a sua teoria de distância transaccional desta maneira:

«A teoria da distância transaccional serviu como ferramenta que pode ser usada para descrever cursos de educação à distância e programas para localizar alguém em relação a outro, no universo desses eventos. Ao mesmo tempo fornece um enquadramento em que investigadores podem localizar numerosas variáveis de estrutura, diálogo, e autonomia dos alunos, e depois colocar questões sobre as relações entre essas variáveis.» (Moore & Kearsley, 1996, p. 211)

2 comentários:

Domingos disse...

Neusa

Sem dúvida que a Educação Online nos traz novos desafios, mas ao mesmo tempo permite a "autonomia do estudante" na criatividade da utilização desta ferramenta que possibilita a interacção e o diálogo.
É essa a intenção deste comentário, interagir na troca de idéias, opinões e sugestões.

Boa continuação e óptimos resultados
Domingos

anadu disse...

Questão muito interessante, tanto mais que já participei numa acção de formação nestes moldes e, lamentavelmente, não considerei na altura, uma participação fluida. Antes pelo contrário. Penso que o grande problema, em Portugal, continuam a ser as plataformas de e-learning utilizadas. No meu caso, por exemplo, o moderador/formador nem sequer conseguia desempenhar o seu papel, bem como as questões/respostas dos diferentes intervenientes, apareciam completamente descontextualizadas, em face do tempo que o sistema levava a processar a informação. No entanto, como sou uma optmista, espero que as coisas tenham melhorado porque, de facto, é uma nova forma de estudar com vantagens mais que óbvias.
Neusa, parabéns pelo blog e espero que consiga inspirar as pessoas a participar. :)